segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sobre Wright’s, Dumont’s e Batistinhas, perguntas, pesamentos, ciência e arte...


Toda busca por um ideal de perfeição - teórico - tem como ponto de partida um processo laboratorial, como base na prática e na realidade que vivemos. Este processo científico vai gerar nossas perguntas, e nossos pensamentos (reflexões). Ele surge da imperfeição.

Se algo possui objetivo prático, não podemos esquecer/raciocinar para as várias possibilidades para tal. A despeito da sociedade em que vivemos, devemos estar atento, por exemplo, aos extremismos pragmáticos ou racionalistas. Extremos – salvos em situações especiais – muitas vezes não se fazem eficazes.

Se pendermos para o lado dos pragmáticos de carteirinha dos Wright’s, isso pode nos levar a um oportunismo mercenário. Já o racionalismo sonhador de Dumont nos faria viver num narcisismo, muitas vezes, infundado.

O que existe em comum nesses dois lados é a criatividade, originária do imperfeito, cada vez mais necessária a nova ciência, e a nova arte. É preciso, então, valorizá-la, empregá-la com objetividade. Sem deixarmos de entender também que as várias sociedades irão usufruir desta de forma diferente.

O indivíduo, base dessa sociedade imperfeita, sofre influências - internas e externas, pergunta, pensa, avança, evolui. Fruto da cosmo-visão que cada um constrói através de suas vivências, e de sua hereditariedade.

Durante essas experiências ao longo da vida, o ideário de perfeição nos remete a busca inspiradora da mais perfeita simetria das coisas e dos fatos ao nosso redor. Mas justamente da exaltação ou da percepção da importância do imperfeito é que as coisas andam.

Revolucionemos nossa produção artística e científica. E em meio a avanços e esperanças, apreciemos melhor os hedonismos de nossos Batistinhas, e associemos criatividade à prática; excelência e eficiência.


Texto resultado da reflexão sobre os textos:
• “Os Wright’s, Dummont, e Batistinha.” Cláudio de Moura Castro, na seção Ponto de Vista, da revista Veja, de 12/07/2000;
• “As mãos perguntam, a cabeça pensa.” Rubem Alves, Tendências e Debates, Folha de São Paulo 21/07/2002;
• “A importância do imperfeito na arte e na ciência.”, Marcelo Gleiser, especial para a Folha de São Paulo, 08/11/1998.

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