sábado, 22 de maio de 2010

A MÚSICA URBANA

Um dia estressada,
ansiosa e febril,
deteve ao meu lado,
de ar ligeiro e viril,
chamando-me ao encontro,
um moreno no cio.

Com um papo meio leve, meio rude,
um tanto atraente,
senti tua 'atitude',
tão tensa e carente.

Então sem rodeio,
intimada eu fui,
sem medo ou receio,
a atracar-me, fiz jus.

Nossos corpos suados,
sexos se sorviam.
Entre velas e sombras
salivas agiam.

O corpo trêmulo me avisou,
ante glorioso encaixe,
o gozo profundo
envolvia o enlace.

Mas tua insaciável tara,
num enorme alvoroço,
de leve recomeçara,
a beijar-me o pescoço.

Correu as costas,
arrepiou-me a espinha,
lambia e mordia, à revelia!






Em meio à penumbra,
O moreno indecente
cravou-me na bunda,
famélicos dentes!

Com o choque na carne,
Reascendeu-lhe o varão
e o meu corte reabre
em furiosa união.

Vai-e-vem de corpos,
sussurros, gemidos.
alguns melodiosos,
outros até descabidos.

E mais uma vez
o prazer nos foi brindado,
exaurido se fez,
o momento fadado.

Em casa acordei,
era total abandono,
e tremenda fadiga...
Foi quando pensei:
se real ou um sonho?
Não há quem me diga!

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