Verbalizar não é puramente escrever, é transcender-se em palavras.
Quando verbalizo, não estou em mim e me manifesto através de outros eus.
Ouso-me por caminhos jamais realizados.
O fantástico é logo ali.
Broto do calhau. Escorro, fujo do nada seguro. E me encontro em labirintos com os tantos não-eus.
Sou semente, sou fruto, sou a folha que seca da árvore da(s) minha(s) vida(s).
Sou espelho e reflexo indo a direções opostas.
Falso foco e falsifico. E ratifico a coisa nenhuma que está em tudo que escrevo.
Faço e refaço da união dos meus sonhos e delírios, dos não-eus e meu arcabouço.
Reflita-me e descobrirá quem ainda não sou.
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