terça-feira, 20 de julho de 2010

...



Verbalizar não é puramente escrever, é transcender-se em palavras.

Quando verbalizo, não estou em mim e me manifesto através de outros eus.

Ouso-me por caminhos jamais realizados.

O fantástico é logo ali.

Broto do calhau. Escorro, fujo do nada seguro. E me encontro em labirintos com os tantos não-eus.

Sou semente, sou fruto, sou a folha que seca da árvore da(s) minha(s) vida(s).

Sou espelho e reflexo indo a direções opostas.

Falso foco e falsifico. E ratifico a coisa nenhuma que está em tudo que escrevo.

Faço e refaço da união dos meus sonhos e delírios, dos
não-eus e meu arcabouço.


Reflita-me e descobrirá quem ainda não sou.

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