sábado, 8 de janeiro de 2011

TODO MUNDO LOUCO, OBA!



Num mundo novidades cada vez mais rápidas, vejo que a moda “fastfood”, do descarte, está sendo cada vez mais freqüente. Tudo que é frívolo, superficial, às vezes, até banal, é o que perdura
.
Os detalhes supérfluos só servem pra dar alicerce ao Ibope (entenda-se: retorno financeiro) daquilo que nos é passado, seja novela, notícias, esportes., Os clichês estão pra lá de manjados. E quanto menos eles valem , mais eles são usados.

Tudo parece sofrer um processo de novelização. Todos que morrem são heróicos ou bandidos, todos que voltam são bem-vindos, todos que aparecem são astros.

Como um câncer em metástase, isso invade todas as áreas: Reportagem ao vivo é pastelão, Futebol virou novela, novela é um parto(de risco).

Durante muito tempo houve com um certo charme implícito nas nevascas que interrompiam os aeroportos da Europa e EUA. Aquela repórter cheia de casaco felpudos, dando a noticia com cara de consternada era de dar dó. Só depois do vulcão da Islândia  as cosias foram se equilibrando. Hoje já se vê pessoas dormindo pelo chão em Paris e Londres no aeroportos. 

Aqui qualquer coisa ainda é o caos. Com uma ANVISA que não tem poder de nada: Multa,ninguém paga; Pune, ninguém cumpre pena.

Quando se fala em reportagens ao vivo, não importa o que se trata, e sim o que se vê. As noticias estão ficando cada vez mais catárticas, sem conteúdo.

O fenômeno Ronaldo voltou em 2009, com fama de Pop Star, jogou um pouquinho abaixo da média, mas era de se esperar para ele se adaptar. Em 2010, mais gordo do que nunca, não jogou nada, e ainda assim deu um retorno tão gordo quanto ao seu time em imagem e patrocínio.
 
O Gaucho, pra não ficar pra trás, leiloa seu passe: Onde será que ele passará suas férias no Brasil? Rio Grande, Rio de Janeiro, São Paulo? Que eles foram grandes atletas ninguém discute. Mas valem quanto pesa hoje em dia? Esse papo de dizer que a qualquer momento eles decidem uma partida, vai contra a rapidez da sociedade atual. Como atleta, não creio, mas como retorno de imagem, o lobby em torno já diz tudo.

E as novelas. Essas estão de dar pena mesmo. Já na seleção dos atores pras próximas novelas, é um ‘deus nos acuda!’. Os, para nós, astros, que são seres humanos também, (pasmem!) disputam e descartam a ferro e fogo um papel na novela, virando coitados ou vilões da vida real. 

Na telinha, a vinheta que chama a estréia com os (possíveis) personagens principais não sei porque cargas d’água vira uma coisa de ponta cabeça no seu discorrer. Deve ser a tal da química entre os atores. Claro que tem que agradar o público, mas estou vendo chegar ao ponto de ‘A vovozinha comer o lobo e botar a culpa no caçador entregá-lo ao IBAMA’, na novela Chapeuzinho Vermelho. 

Pra terminar – a novela- é um parto de risco, sem correr risco. Vai daqui, vira dali, bandido vira mocinho, morto ressuscita, e vamos que vamos. Que sinopse, que nada!?

Contra isso tudo – se é que se pode ir contra –  continua ser antigo e velho remédio, aqueles das donas de casa: pesquisar, ler muito, várias fontes, pra ver o quão validos e prazerosas são realmente as informações desejadas.

Se você não entendeu ou não gostou do que eu escrevi, deixa pra lá. “Essa crônica foi feita / num momento de depressão. /Eu tava com saco cheio, /com raiva da vida, /com raiva de tudo”. 

Viva o Silvio... o Brito, hein! Oba!


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