domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sobre compartilhar o tempo

Vivendo e Aprendendo I

Caro Lucílio,

Gostaria muito de te falar: como reivindicar-me do tempo, que não foi nem roubado ou furtado, e sim, quando este é dado de bom grado? Eu explico. Falo de um sentimento compartilhado, que me parece maior – doce ilusão – e melhor - isto com certeza o é.

Este tempo que não falha, e que não para, entretanto não me parece cruel. E quero dividi-lo com alguém, que se dispõe igualmente neste sentido, comigo. Morte é o tempo passado sem redobrá-lo sem recobrá-lo a este outro.

Penso em ser cuidadoso, e valoroso nas pequenas coisas. Lado a lado. Com enlaces de ponte. Não deverei ser soberbo, para que a corda não pende e parta  do outro; ou negligente, pra que não, o meu.

E agora? Pelo pouco e incerto tempo que me resta desejo viver feliz. “ Um copo pela metade, pode ser visto como meio cheio ou meio vazio, porém dois meios copos dar-se-ão um cheio”. Então é isso: este sentimento compartilhado, o amor, Lucílio, é um brinde! Passa bem!

Um "paralelo paradoxal" ao livro: 




Sêneca. 
Aprendendo a Viver. 
Porto Alegre: 
L&PM Pocket, 
2012 

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