domingo, 29 de agosto de 2010

Basta, Amor!

Nada que quero supre o bastante.
Nada que eu tenho é o bastante.
E essa busca desesperada e incessante
Me faz um inútil a vagar...

Já aprontei o bastante.
Fiz da minha vida errante,
Recinto libertino e dilacerante,
Chegando sempre no mesmo lugar.

A verdade eu tentei esconder o bastante
Através de atitudes inconstantes.
E adiante não posso levar,
Essa ferida que não vai sarar...

A razão de viver a cada instante
 - fugaz, marginal, vacilante,
é coragem que me faltou em dizer:
Que eu lhe tenho amor bastante.

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